domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sófocles Zeus

Sófocles nasceu em Colono (Grécia) e viveu entre 495-406 a.C. Da múltipla e diamântica obra, dele nos chegaram oito tragédias e bastantes fragmentos. Nada mais.
Pertencem-lhe:
Édipo Rei
Édipo em Colono
Antígona
Electra
Ájax
Filocteto
Lacedemônias e
Sínon (salvas);
Tiro
Tereu
Mulheres de Ftia e
Eurípilo (perdidas). (1)

“Épido Rei”, “Antígona” e “Electra”, peças mundialmente famosas, possuem um inexcedível arrebatamento, envolvendo-nos num clima eletrizante, revelando a fragilidade humana perante os superiores desígnios dos deuses.
Lembro-me de certas falas e alguns atores de “Antígona”, que assisti cinco ou seis vezes no Teatro João Caetano (Rio), ainda jovem:

“Pensa bem, meu filho. A hora do erro chega para todo ser humano...”

“Poderoso Creonte, sê magnânimo: não apunhala quem já não tem vida!”

“A vida é muito curta! Ao fim da vida, os orgulhosos tremem...”

“Os deuses novamente nos protegem!”

"É invencível quem não tem nada a perder..."

"Terrível é a força do Destino!"

Tais falas, a esta altura, não sei mais a quem percenciam. Como me lembrei delas, lancei-as aqui. Acompanham-me sempre, forçando-me a ser melhor, mais compreensivo com o próximo, mais humano, cordial e solidário.
Atores: Maria Fernanda (Antígona), Renée de Vielmond Ismênia), Ivan Setta (Tirésias) e Sérgio Britto (Creonte).

Dele só li “Édipo Rei” e “Antígona”, que me passaram sentimentos disparados de alegria e ódio, de angústia e felicidade e de paz sobre paz.


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(1) “Arte Poética”, de Aristóteles. Trad. Pietro Nassetti. Ed. Martin Claret, SP, 2007.

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